Ética Feminina

14/06/2022 17:04

ÉTICA FEMININA

 

Ética significa a arte do bem viver. E, os seres éticos sabem de antemão que é impossível viver bem se outros estiverem sofrendo ao redor. A ética também é sempre determinada por um grupo específico de pessoas.  

Embora ética e moral tenham o mesmo significado, existem diferenças conceituais. A moral, por exemplo, é algo cristalizado. Quando falamos sobre o código de ética de determinada profissão estamos nos referindo há algo sólido e que foi previamente discutido entre seus membros, ou seja, é um código moral. A ética é a reflexão sobre a moral existente. É prática, requer ação e não apenas palavras.

Neste texto vou me referir apenas a um grupo específico, as mulheres, é claro, como o próprio título induz.

E o que seria ser uma mulher ética?

Em essência, é aquela que respeita outras mulheres, em seu dia a dia.

No código de moral feminino atual nos deparamos com algumas palavras que soam libertarias: empoderamento, sororidade, feminismo, entre outras.   

E outras que além de refletirem um código de conduta moral também denotam moralismo: mulheres usam rosa, devem cuidar do marido e dos filhos e serem submissas.

Que confusão, hein?

No meio de códigos morais tão rígidos como fica a pobre da ética?

Vamos imaginar que você esteja em um restaurante e na mesa ao lado um rapaz acompanhado olha para você. O olhar dele é simpático, não é metido a galã, e ele está acompanhado de uma mulher. Não sabemos se é uma amiga, namorada ou esposa. Não interessa.

Se ética é a arte do bem viver, e só conseguimos fazer isso visando sempre a felicidade de todos, por qual razão algumas mulheres insistem em dar “bola” para um sujeito acompanhado?

Infelizmente, apesar de todo o palavrório moderno, isso é mais comum do que se possa imaginar.

Quantas mulheres ficam bravíssimas com a amante do marido e muito pouco com o traidor? Bom, basta abrir a um site de notícias, ler os comentários ou frequentar um cabelereiro para saber que muitas que se veem como empoderadas passarão a se comportar como Amélias traídas!    

Óbvio que tudo isso afeta a sororidade feminina.

Principalmente quando a mulher não está presente. Parece que para muitas que ela inexiste.

Certa vez eu estava reunida com algumas alunas do curso de pós-graduação em que eu dava aulas. Conversávamos animadamente quando um aluno passou e nos cumprimentou educadamente. Uma das moças disse o seguinte:

- Viu o “pau que ele paga” pra mim?

Argumentei: - Não vi ele “pagar pau” nenhum. Acho que você está imaginando coisas. De mais a mais ele é noivo e se dá super bem com a noiva.

Ela ficou sem graça e as demais moças presentes na rodinha ficaram quietas. A ética sempre dá nome aos bois, e interfere de forma adequada sempre que preciso, é prática e exige ação.     

Sem contar, óbvio, os inúmeros casos de mulheres que se aproximam de homens comprometidos nas redes sociais.

Em qualquer situação é sempre ético incluir a mulher e se dirigir a ela e não ao homem no contexto profissional. Por exemplo: Uma corretora de imóveis vai mostrar um apartamento a um casal. A ética feminina sugere que a corretora se dirija à mulher. O mesmo exemplo vale para recepcionistas, vendedoras etc.

Por alguma razão, extremamente machista, no âmbito profissional principalmente, sempre que há um homem presente parece que é ele o responsável por compras de alto valor. O que é uma tremenda mentira. Na hora de comprar carros ou imóveis, por exemplo, é sempre a mulher que dá a palavra final. Portanto, tentar seduzir um comprador ou dirigir-se somente a ele, significa apenas venda perdida.

Somente mulheres com autoestima muito baixa contentam-se em ferir a ética feminina. Pense nisso!

Suely Pavan Zanella

Psicóloga CRP 06;10220

Texto sem revisão